quinta-feira, fevereiro 15, 2007

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Depois de dias a trabalhar num barracão gelado a fazer os vasos para este ano, decidi que estava na altura de fazer mais um cursinho na escola de graduados da Universidade de Nottingham, no caso - Getting going on your thesis and getting your work published. Como sempre, nestes cursos, começa-se com um exercício para quebrar o gelo, primeiro tivemos de nos apresentar dizendo o nome, a escola a que pertencemos e o que andamos a estudar, e, com base nisso, escolher uma pessoa para formar um grupo de trabalho. Como eu gosto pouco destes exercícios fiquei quietinho no meu lugar, nisto uma rapariga Indiana, a Pooja, aproxima-se de mim, nisto eu penso "bem, lá vou ter explicar que a minha cor de monhé nada tem a ver com a India". No entanto nada se passou como esperado, ela perguntou-me se eu era português e eu, admirado, perguntei-lhe como é que ela o sabia. Ela disse-me que tinha vivido dois anos e meio em Lisboa, enquanto fazia um mestrado misto Instituto Glubenkian Ciência e Faculdade de Ciências de Lisboa, em Química computacional, mais especificamente em modelação de imagens 3D da estrutra de proteinas (acho que era mais ou menos isto)! Perguntei-lhe porquê Portugal, e ela disse-me: "- Na altura estava interessada nessa área e havia poucos sítios no Mundo onde o se pode-se estudar, pelo menos na altura o IGC era o melhor sítio para o fazer". Conversa puxa conversa, e acabei por saber que ela tinha vivido em Alvalade, na rua perpendicular à que nós vivemos, depois disso viveu na praça do Chile. Deu umas voltas por Portugal e, pelo que me disse, adorou Sintra e a Costa Vicentina. Tentei por várias vezes puxar a conversa para outro lado, mas ela voltava sempre a falar de forma saudosista de Portugal e dos amigos (portugueses) que por lá deixou! Mencionou, por um lado contente, por outro admirada, o facto de quase todos os jovens portugueses falarem relativamente bem inglês. Numa das minhas últimas tentativas de desviar a conversa perguntei-lhe se no fim do Doutoramento estava a pensar ficar em Inglaterra, ao que ela respondeu:

"- Não. Eu quero viver no melhor pais do Mundo, aquela tem as pessoas mais simpáticas e a cidade mais bela! Quero ir para Portugal."

Ps - Acreditem ou não, mas o tom poético não foi dado por mim.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Coitada...o que é que ela andou a fazer durante esses 2 anos e meio em Portugal?a ver as novelas da TVI????

5:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Pelos vistos não! Passeou imenso, conheceu toda a zona da grande Lisboa, grande parte do Alentejo e Algarve, não lhe perguntei se andou pelo Norte, mas acho que sim. Também andou pela Europa, pelo menos por França e Espanha, mais não sei. Vive há quase dois anos em Inglaterra, vem da Índia e pelos vistos escolhe Portugal como o local ideal para viver! Com isso, só posso ficar contente!

PS - Quanto às novelas "tipo TVI" garanto-te que, infelizmente, não é só em Portugal que as há...

7:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Não deveria utilizar palavra monhe

9:31 da tarde  

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